A expressão, Burnout, foi criada em 1974 por Freudenberger para descrever uma síndrome composta por exaustão, desilusão e isolamento em trabalhadores da saúde mental.
Burnout: jargão em inglês indicando aquilo que parou de funcionar por falta de energia (combustão) que chegou ao seu limite, com grande prejuízo nas áreas física ou mental.
Principais Características:
- Exaustão emocional;
- Distanciamento afetivo (despersonalização);
- Baixa realização profissional.
Fatores organizacionais associados a índices elevados de Burnout:
• Burocracia;
• Falta de autonomia;
• Normas institucionais mal formuladas;
• Mudanças organizacionais frequentes;
• Falta de confiança, respeito e consideração entre os membros de uma equipe (âmbito escolar);
• Comunicação ineficiente;
• Impossibilidade de ascender na carreira, de melhorar sua remuneração, de reconhecimento de seu trabalho, entre outras;
• O ambiente físico e seus riscos, incluindo calor, frio e ruídos excessivos ou iluminação insuficiente, pouca
higiene, alto risco tóxico e até de vida;
• Acúmulo de tarefas por um mesmo indivíduo;
• Convívio com colegas afetados pela síndrome.
Fatores individuais associados a altos índices de Burnout:
• Padrão de personalidade;
• Lócus de controle externo (atribui a outras pessoas ou ao ambiente os sucessos e fracassos vivenciados);
• Superenvolvimento;
• Indivíduos pessimistas;
• Indivíduos perfeccionistas;
• Indivíduos com grande expectativa e idealismo em relação à profissão;
• Indivíduos controladores;
• Indivíduos passivos;
• Gênero;
• Nível educacional;
• Estado civil.
Consequências do Burnout
Para a organização (Escola):
•Indivíduos sujeitos a largar o emprego psicológica e fisicamente;
•Menor investimento de tempo e energia no trabalho;
•Faz somente o que é absolutamente necessário;
•Faltas frequentes;
•Trabalho de menor qualidade e menor produtividade.
Para o indivíduo:
• Cansaço constante e progressivo;
• Dores musculares;
• Distúrbios do sono;
•Cefaléias, enxaquecas; perturbações gastrointestinais; resfriados ou gripes constantes; doenças de pele; transtornos cardiovasculares e do sistema respiratório;
• Disfunções sexuais.
Em relação ao psiquismo:
• Falta de concentração; alterações de memória; lentificação do pensamento;
• Sentimento de solidão e de impotência; impaciência; oscilações de humor; baixa autoestima; desânimo;
• Agressividade, dificuldade para relaxar e aceitar mudanças; perda de iniciativa; consumo de substâncias; comportamento de alto risco até suicídio.
Para o trabalho:
• Diminuição na qualidade do trabalho;
• Aumenta o risco de acidentes (maior falta de atenção e concentração).
Para a sociedade:
• Pode ocorrer o distanciamento dos familiares, até filhos e cônjuge;
• Alunos mal assistidos tendem a ser indisciplinados, agressivos, baixo aprendizado e interesse pela matéria. Levam essas reclamações para casa, que volta na forma de cobrança por parte dos pais.
“Trabalho de alta qualidade requer tempo e esforço, compromisso e criatividade, mas o indivíduo desgastado já não está disposto a oferecer isso espontaneamente”. (MASLACH e LEITER apud TRIGO, TENG e HELLAK, 2007, p.230).
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